Fairphone 4

 


Aqui no Tecnho Lust gostamos de tecnologia, mas nem sempre tem que ser "the latest and greatest". Por vezes, basta que seja o produto certo para resolver um problema concreto. Veja-se o caso do Citroën Ami, por exemplo.

O Fairphone 4, que foi lançado há cerca de um ano, é um desses produtos. Pelo preço que custa (quase  600€), podemos comprar um smartphone mais rápido e com melhores capacidades fotográficas; mas a questão que se coloca é outra: pelo preço de um Fairphone 4 não podemos comprar um smartphone melhor. E o que é ser melhor, neste caso? Melhor para o planeta e melhor para os consumidores, no sentido de ser mais justo, mais sustentável e mais facilmente reparável.

Isto deve-se ao facto de a Fairphone ser uma empresa criada especificamente com o objetivo de sensibilizar o público mas, sobretudo, a indústria, para a necessidade de criar cadeias de fornecimento justas (em que as pessoas são adultos bem tratados e pagos decentemente) e sustentáveis. E se, com os seus esforços anteriores, isso ainda não era um dado adquirido, como o Fairphone 4, a empresa neerlandesa prova que tal é possível.

Em 2020, a Fairphone vendeu ainda assim cerca de 100.000 smartphones, o que parecendo muito, é uma gota de água nos milhões de unidades vendidas por empresas como a Apple ou a Samsung. Mas a questão é esta: se com esta pequena escala, a Fairphone foi capaz de criar um smartphone melhor para o planeta, o resto da indústria bem pode usar este exemplo e aprender alguma coisa.

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